


entrevista kill for nothing
leandro oliveira
1. A força do primeiro grito
O primeiro disco é sempre um marco na vida de qualquer banda. Como tem sido o processo emocional e criativo para dar vida ao debut de vocês, previsto para setembro? Há algum conceito central que amarra as músicas ou a proposta foi deixar a liberdade falar mais alto?
Mandy: Estamos esperando por esse momento já há algum tempo, mas sabíamos que seria um processo natural, que exigiria um amadurecimento da banda como um todo! Passamos por mudanças de integrantes, alinhamos muitas expectativas nesses quase quatro anos de estrada, lançamos oito singles e hoje chegamos ao tão esperado álbum, com nove músicas! Eu estou extremamente feliz e orgulhosa! A temática escolhida é a dependência humana às tecnologias atuais e como isso vem moldando a humanidade — algo com que lidamos diariamente.
Bob: Acho que foi não só o maior trabalho da banda até então, como de todo o meu histórico como músico. Sempre procuramos trazer o nosso dia a dia nas composições, e esse álbum chega exatamente nesse momento de apego mundial à tecnologia e aos questionamentos sobre os prós e contras do uso dela — e de como estamos dependentes disso, muitas vezes sem perceber. Acredito que essa sensação de atenção e responsabilidade do tema será facilmente absorvida pelas pessoas.
2. Com sangue novo e identidade própria
Mesmo a KFN já tendo oito singles lançados, o álbum será composto por faixas 100% inéditas, algo que reforça a ousadia de vocês enquanto banda nova. Como foi o processo de composição? As músicas foram sendo criadas em conjunto desde o início da banda ou surgiram já com foco direto nesse disco?
Mandy: O processo de composição fluiu muito bem, sabíamos o que queríamos transmitir e, inclusive, contamos com a participação do nosso quinto membro, o Miojo, que foi nosso guitarrista na formação inicial e hoje não toca mais conosco. Achamos importante manter a identidade da banda, além dos novos elementos que vieram para somar e modernizar nosso som. No começo do ano, decidimos que começaríamos a trabalhar no M.I.R.A.G.E. e colocamos então todo o nosso foco nesse álbum! A escolha do produtor Gabriel do Vale foi unânime, já sabíamos da competência dele e queríamos as mãos dele nesse trabalho!
Bob: Esse álbum já vem sendo pensado desde o final do ano passado. Porém, focamos em trabalhar com um tempo maior, e o interessante foi perceber que tudo ainda está atualizado. Tivemos a participação do nosso antigo guitarrista, Miojo, nessas composições e a produção do Gabriel do Vale trouxe mais velocidade e uniformidade dessa vez.
3. O som da Kill For Nothing
Para quem ainda não conhece: como vocês definiriam a identidade musical da Kill For Nothing? Quais são as principais influências e de que forma vocês conseguiram canalizar tudo isso para criar um som próprio nesse disco de estreia?
Mandy: Ah, a gente é sim uma banda de nu metal e temos muito orgulho disso! Adoramos mesclar em nossas músicas elementos eletrônicos, beats, breakdowns pesados, vozes (apesar do Bob ser o vocalista, eu e o Gustavo também soltamos a voz em alguns trechos de músicas, o que traz grande versatilidade). O nu metal não é um estilo novo — já tem mais de 25 anos! Mas a gente segue honrando as raízes, renovando e se reinventando! Acredito que a soma disso tudo faz com que a Kill For Nothing seja única.
Bob: Somos definitivamente uma banda de Nu Metal BR. Nesse álbum, a gente voltou a trazer muito dos anos 2000, com algumas pitadas modernas. Agora, se for para direcionar mesmo um estilo ou influências, acho que foi mais sobre usar as notícias do dia a dia, as necessidades de agilizar e facilitar o cotidiano... essas coisas.
4. Mariutti Team: apoio de peso
Fazer parte do cast do Mariutti Team é um selo de respeito dentro da cena nacional. Como surgiu essa conexão com o time do Luis e da Fernanda Mariutti, e de que forma essa parceria tem impulsionado o trabalho de vocês até aqui?
Mandy: Conheci primeiro o Zine, através de um ex-colunista que era meu amigo! Sempre achei a qualidade do conteúdo como um todo primorosa! Saímos algumas vezes em colunas e, por isso, acabamos participando das premiações, e ganhamos alguns prêmios! (Risos). Isso sem contar as “Festas da Firma” e o networking incrível que isso proporciona aos artistas. A Fernanda e o Luís gostaram da Kill For Nothing e sempre nos apoiaram, mesmo sendo uma banda “diferentona” do nicho em que eles estão inseridos. E acreditamos que é exatamente por isso que temos nos destacado, aliando o nosso profissionalismo à visibilidade da marca Mariutti.
Bob: Nossa, eu não tenho nenhuma dúvida de que o Mariutti Team seja a principal força atual de apoio a bandas que, de fato, têm comprometimento com a própria empresa e querem chegar a algum lugar. Temos um carinho imenso desde o início, porque sempre apoiamos essa conscientização sobre a profissionalização como artistas.
5. O que vem depois da estreia?
O lançamento do disco certamente abrirá muitas portas. Já existem planos de turnê, clipes ou festivais após setembro? Como vocês estão se preparando para defender esse trabalho ao vivo?
Mandy: Queremos mostrar esse trabalho lindo para o máximo de pessoas que pudermos! (risos). Muitos shows, clipes de alto nível, divulgação em massa... Estamos extremamente ansiosos e prontos!
Bob: Estamos ansiosos e lidando com essa ansiedade para demonstrar tudo isso ao vivo, toda a energia renovada dessas novas músicas.